Ela só quer permanecer com alguém






Ela já acreditava que não poderia mais se envolver com ninguém, afinal de contas foram tantas dores e sofrimentos, frustrações, finais tristes, paixões vazias, recomeços e tentativas de dar certo. Mas não deu, não dava, não dá! Pensou consigo mesma, vou ficar sozinha, é melhor pra mim! Assim não sofro, não me decepciono, não me machuco.
Ela decidiu então se desapegar, ou pelo menos não se prender mais como antes. Mas se prendeu. Apegou-se a uma rotina cansativa e inconstante (às vezes ela queria, às vezes não) de buscar a felicidade em flashes de contato com alguém. Que alguém? Nem ela sabia. Qualquer um.
Mas esse momento se esgotou e a fase passou. Ela não queria mais estar tão perto das pessoas e mesmo assim se sentir só, como se aquele futuro que ela sempre quis estivesse perdido para sempre.
Decidiu então que quer um amor. Aquele simples mesmo. Ela e alguém, alguém e ela. Sem eternidade, sem juramento falso. Apenas que seja verdadeiro. E começou a expressar esse sentimento, essa vontade, de forma tímida e indireta, como se esperasse que alguém que acreditasse que pode vivenciar algo verdadeiro com ela percebesse e não desistisse de tentar aquecer o coração dela novamente
Ela decidiu que quer ser acordada com um sorriso espontâneo e um abraço apertado. Sim, ela quer, não importa quão banal digam que é. Ela quer.


Quer alguém que cuide dela, não por ela ser inferior, fraca e submissa, mas porque ser cuidada por alguém é confortante, e se esse alguém for especial é melhor ainda. Se for alguém que luta e se esforça para conseguir dela o que já estava desacreditado. Mas ela quer cuidar também, mesmo que ele diga: não precisa! Ela quer estar lá, sabendo que ele se faz de durão, só se faz.
Mas vão dizer que ela está fazendo tudo errado. Vão dizer que ela não é mulher de verdade, que precisa ser livre! Viver sem amarras e sem precisar de homem para ser feliz. Mas ela percebe que nem tudo que parece é. Ela não precisa de alguém para ser feliz, ela quer alguém para ser feliz JUNTO com ela, e partilhar momentos de felicidade juntos.

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Ela percebe que a liberdade que tanto buscava era uma liberdade interna. Uma liberdade que a impede de se aprisionar em relacionamentos sufocantes, mesquinhos, agressivos, egoístas e decepcionantes.
Ela então decidiu que quer amar sem receio. Sem pensar no que os outros dizem que é certo segundo os conceitos deles. Ela só quer amar. Ela só quer gostar de alguém e ter um nome ao qual pode chamar para passar os finais de semana juntos. Um único nome. Quer ter a expectativa disso tudo acontecer. Quer criar planos. Ter coragem para estabelecer metas.
Ela só cansou da vida de solteira e da pressão para ter que demonstrar que está tudo bem. Mas não está! Por mais que tenha mil amigos e todo tipo de gente para oferecer alegrias passageiras, ela quer algo que é só dela, e que possa finalmente fazer com que ela descongele seu coração. 
Ela só quer ter liberdade para poder permanecer com alguém, e voluntariamente ser feliz. Ela só quer que alguém lute por ela e que demonstre que vale a pena voltar a acreditar e viver intensamente feliz daquela forma boba e maravilhosa que ela sempre quis. Ela só quer namorar.

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